O termo "academia" remonta a Academia de Platão - escola fundada pelo célebre filósofo grego nos jardins que um dia teriam pertencido ao herói Akademus (donde vem o nome). Ali buscava-se, pelo dialética socrática, o saber pelo questionamento e pelo debate. Ao contrário da Escola de Isócrates, onde o conhecimento consistia na mera repetição do saber.
Foi com esta idéia de debates, que diversas instituições literárias surgiram em França, entre as décadas de 1620 a 1630 - consolidando-se na matriarca de todas as agremiações literárias - a citada Adèmie…
Mas, mesmo antes destas, existiram outras instituições com objetivos análogos, tais como:
- Academia do Palácio - em Paris, de 1570 - a primeira a receber o nome de "Academia francesa", no reinado deCarlos IX.
- Academia de Florença - de 1582, chamada "della Crusca" ou do "Farelo" - pois nas questões lingüísticas dizia separar o jóio do trigo, limitando o seu ingresso sob o lema "Il più bel fior ne coglie" (algo como "a fina flor colhida").
- Academia dei Licei, também na Itália, de 1609.
Após a fundação da Académie, em 1635, outras tantas surgiram e desapareceram:
- Academia das Inscrições e Belas Letras (1663, na França);
- Academia de Ciências (1666, na França);
- Academia Real ("Royal Academy", Londres, 1660);
- Arcádia Romana (1690);
- Academia dos Generosos (Portugal, 1647);
- Academia dos Singulares (Portugal, 1663).
Ao Brasil, com certo atraso, foram fundadas:
- Academia Brasílica dos Esquecidos (na Bahia, 1724);
- Academia dos Felizes (Rio de Janeiro, 1736);
- Academia dos Selectos (Rio de Janeiro, 1751 ou 1752);
- Academia Brasílica dos Renascidos (na Bahia, revivendo a dos Esquecidos, de vida breve - em 1759)
Muitas outras vieram das quais apenas a francesa subsistiu - tendo também sido a única oficializada pelo Estado.
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